Nada volta ao normal

“Quando seu coração se borra, assim como um quadro mal pintado ou um olho com maquiagem escorrida depois de um choro,quebra-se o espelho da paciência e amassa o papel da felicidade.Na esperança de que mais tarde, juntando os cacos o espelho será o mesmo, na ilusão de que desamassando o papel ele voltaria ao normal como antes.Depois de uma queda muito grande,um corte muito fundo,um tapa muito forte,fica a marca do que aconteceu.
Não existem pessoas loucas,só pessoas que procuram um lugarzinho,com quem possa ficar sozinhas com suas musicas quando o resto do mundo resolver magoa-las.Meu coração se desmanchou e agora escorre junto com as cores de tinta, um barquinho de papel foi jogado ao mar, com esperanças de que um dia irá voltar, no fim somos um mar tão raso que nem um peixe se atreverá a nadar, um sentimento inacabado, um espirito meio perturbado, uma pessoa querendo a paz,não posso ficar sozinha com meus pensamentos,eles podem me matar.
Cicatriz de uma dor que não doí,um choro que não sai,um contentamento descontente.O barquinho de papel se desmanchou no mar,vai dormir pequena,e acorde forte para cair amanhã.”